Os hospitais Universitários Cajuru, a Santa Casa, Pequeno Príncipe e Erasto Gaertner acusam a Prefeitura de Curitiba de atrasar repasses do SUS. Segundo a assessoria dos hospitais, o repasse de recursos federais no valor de R$ 43,8 milhões não foi feito no dia 16 de outubro e o prefeito Gustavo Fruet (PDT) alega não ter o dinheiro.
A diretora do Hospital Cajuru Simone Simioli afirma que “a Secretaria Municipal de Saúde recebeu o dinheiro do governo federal, parcela única de R$ 5 milhões, e não repassou aos hospitais. A alegação da secretaria é que eles não têm dinheiro, mas o recurso vem do Fundo Nacional da Saúde e já foi repassado a secretaria”.
O Hospital Cajuru é filantrópico e 100% do atendimento é voltado ao SUS. São quatro mil e oitocentos atendimentos de emergência, seis mil e quinhentas consultas de ambulatório, mais de mil internamentos e mil procedimentos cirúrgicos por mês. É o maior pronto-socorro de atendimento de trauma do Paraná.
Os hospitais afirmam que caso os repasses não sejam normalizados os pagamento de obrigações aos fornecedores serão comprometidos e indicam possível desabastecimento de itens necessários a assistência dos pacientes e o pagamento de funcionários pode ser atrasado. Vaje a nota distribuída a imprensa pela assessoria dos hospitais.
Dos hospitais Cajuru, Santa Casa, Pequeno Príncipe e Erasto Gaertner:
“NOTA À IMPRENSA
Os hospitais Universitários Cajuru, Santa Casa, Pequeno Príncipe e Erasto Gaertner demonstram preocupação em relação à assistência de saúde na cidade de Curitiba. A apreensão se deve ao atraso no repasse de recursos federais no valor de R$ 43.802.728,86, referente ao contrato fixo de prestação de serviços para o SUS, que a Prefeitura Municipal de Curitiba deveria ter realizado para os hospitais no último dia 16 de outubro.
A portaria de número 2.617 do Ministério da Saúde estabelece o prazo de 5 dias úteis, após a transferência federal à prefeitura, para o repasse aos hospitais. No último dia 9 de outubro, o Fundo Nacional de Saúde destinou o recurso para que a prefeitura encaminhasse às entidades que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS) na capital, o que classifica 18 dias de atraso.
Em função do regime de gestão plena do Município, os hospitais exigem um posicionamento oficial da Prefeitura de Curitiba quanto a efetivação da transferência dos recursos enviados pela Governo Federal. As instituições lesadas alertam que os atrasos no repasse geram a tomada de empréstimos pelos hospitais, agravando a situação financeira dos mesmos. Além disso, os hospitais não conseguem efetuar o pagamento das suas obrigações em dia, os fornecedores indicam possível desabastecimento de itens necessários a assistência dos pacientes e o pagamento dos colaboradores pode ficar comprometido caso os repasses em atraso não sejam recebidos pelos hospitais. Lembramos também a importância da regularização dos pagamentos em função da necessidade dos hospitais efetuarem o pagamento do 13º salário dos colaboradores.
O atraso de recursos da saúde é mais um dos problemas enfrentados pelos hospitais conveniados ao SUS. O sub financiamento do sistema obrigada as instituições filantrópicas a arcarem custos superiores as receitas, gerando mensalmente prejuízos financeiros para estas instituições. A regularização dos pagamentos é fundamental para a manutenção regular dos serviços prestados pelos hospitais.
Assessoria de Imprensa Hospital Universitário Cajuru e Santa Casa de Curitiba”