Em fevereiro deste ano, a secretária Eleonora Fruet (Fazenda), irmã do
prefeito Gustavo Fruet (PDT), insinuou que o governo do Estado tinha
cogitado utilizar os recursos da previdência dos servidores públicos para
reforçar o caixa. Uma ilação despropositada sem qualquer base legal, mas
com objetivo de criticar a proposta do Estado em curso, na época na
Assembleia Legislativa.
Em audiência na Câmara dos Vereadores, Eleonora Fruet, disse que a
prefeitura não planejava “pegar” dinheiro da Previdência dos Servidores do
Município. “O IPMC tem R$ 1,2 bilhão no fundo financeiro, mas não vamos
mexer nisso”, havia garantido á época. Passado oito meses, o prefeito
Gustavo Fruet, irmão de Eleonora, propõe através de projeto de lei enviado
a Câmara de Vereadores sacar R$ 100 milhões do instituto de previdência e
ainda suspender o repasse de R$ 10 milhões mensais ao fundo previdenciário.
A proposta dos irmãos Fruet caiu feito uma bomba nos sindicatos do
servidores que prometem uma greve geral para dezembro. Ainda em fevereiro,
Eleonora comentava, em tom de brincadeira com os vereadores, que “até dava
uma coceirinha”, mas que, “ao contrário de outros gestores”, não tocaria no
R$ 1,2 bilhão do IPMC.
Resumo da ópera, a brincadeira de Eleonora ficou séria e os servidores
municipais prometem uma invasão a Câmara de Vereadores na discussão do
projeto do irmão Fruet.