Irmão de André Vargas e mais dois são soltos

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A Justiça manteve preso ontem o publicitário Ricardo Hoffmann, suspeito de desviar recursos da Caixa e do Ministério da Saúde para empresas do ex-deputado André Vargas (ex-PT). Outros três investigados na 11ª fase da Lava Jato foram soltos ontem entre o final da tarde e o início da noite: Leon Vargas, irmão do ex-deputado, Élia da Hora, secretária do ex-deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), e Ivan Vernon, assessor do terceiro ex-parlamentar preso, Pedro Corrêa (PP-PE). As informações são do jornal Metro/Curitiba.

Hoffmann é diretor da agência de publicidade Borghi Lowe, que administra contas de publicidade de várias empresas públicas. A agência é suspeita de fazer pagamentos ilegais na conta das empresas Limiar, LSI e IT7. As firmas seriam controladas por Leon Vargas, irmão do ex-deputado. Foi comprovado um pagamento de R$ 3,7 milhões que a Borghi Lowe fez à Limiar através de empresas subcontratadas pela agência.

Essas empresas confirmaram à PF que a Limiar nunca prestou serviços por esses pagamentos. No depoimento à PF, o publicitário disse que a LSI e a Limiar passaram a receber recursos da Borgi Lowe com a contrapartida de angariar clientes para a agência no Paraná. O MPF classificou essa justificativa como “fantasiosa”, já que nenhum cliente foi obtido.

Leon Vargas ficou em silêncio em seu depoimento. No despacho que autorizou a soltura, o juiz Sérgio Moro entendeu que a manutenção da prisão não era necessária. Os outros dois liberados, Élia da Hora e Ivan Vernon, seriam ligados ao esquema da Petrobras com o PP. Élia é suspeita de receber parte das verbas destinadas a Luiz Argôlo em contas controladas por ela, enquanto Ivan Vernon seria o contato que recolhia repasses para Corrêa por intermédio do doleiro Alberto Youssef.

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