fonte>:*José Pedriali*///
A Operação Lava Jato, que já flagrou o ex-ministro Paulo Bernardo em duas
frentes – no pedido de dinheiro desviado da Petrobras para a campanha de
sua companheira Gleisi Hoffmann e no desvio de recursos do Ministério do
Planejamento, que também abasteceram a conta dela (*) – chega novamente a
ele por meio da tentativa de destituição de uma conselheira da Anatel que
se opunha ao cancelamento de uma multa de R$ 2,1 bilhões da Oi.
A operação, acreditam os investigadores, envolveu também o presidente da
Anatel, João Batista Rezende, levado à direção do órgão pelo então ministro
das Comunicações Paulo Bernardo, que também foi padrinho de sua nomeação
com presidente do Sercomtel, empresa de telefonia de Londrina. Rezende foi
secretário de Fazenda de Londrina na administração do então petista Luiz
Eduardo Cheida.
A conselheira era Emilia Ribeiro, indicada por José Sarney. Mensagens de
celular do diretor da Oi João Pinheiro Macedo com o presidente da Anatel
revelam que Rezende e Bernardo agiram em conluio com a operadora para
afastar a conselheira. Bernardo é tratado por “caipirão” e Rezende por
“caipirinha”.
Informa a Folha de S.Paulo:
Em torpedo de 25 de outubro de 2012, o diretor de planejamento da Oi, João
de Deus Pinheiro Macedo, avisa Azevedo que tinha recebido uma mensagem do
“caipirinha” –seria o presidente da Anatel, João Rezende. Nas mensagens, o
então ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, é chamado de “caipirão”.
“Aperte a blitz [contra a conselheira]. O ministro reclamou dela para o
Renan [Calheiros]. E ficaram de conversar semana que vem junto com o
Sarney. É importante desmobilizar ela (sic)”, diz a mensagem de
“caipirinha” para João de Deus, da Oi.
(*) Essa investigação foi transferida para a Justiça Federal
(foto:Agência Brasil)
*link nota*
http://www.josepedriali.com.br/2016/02/lava-jato-chega-de-novo-paulo-bernardo.html