Lembrança de Leite Chaves é base para alguns candidatos

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Estamos vivendo um tempo que nos faz voltar ao passado, lembrando do MDB e de situações politicas que hoje estão sendo provocadas para antecipar a aposentadoria do senador Alvaro Dias, que vai tentar mais uma reeleição.

Era o tempo do “MDB velho de guerra”, aquele do qual Requião nunca participou, embora minta publicamente tentando passar atestado de ignorância aos paranaenses.

Na época, ninguém queria arriscar-se a uma candidatura a senador pelo partido que buscava sua afirmação em um tempo onde integrar o partido poderia virar preocupação ante um quadro ditatorial que dominava o país.

Lá do fundo de uma plateia de emedebistas que imaginaram participar de forma decisiva de um pleito, uma voz se levantou quando perguntaram: “Quem aceita ser candidato a senador por nosso partido?”, e respondeu com segurança: “Eu aceito”.

Todos se voltaram para ver quem havia se manifestado.

Era Leite Chaves, um político que vinha de Londrina e estava disposto a aceitar tal missão.

Não deu outro e lançaram Leite Chaves candidato do MDB.

Foi a luta, ao lado de uns poucos companheiros como Silvio Sebastiani, Adalberto Daros, Rubinho Ferreira, e outros, virando o Paraná de cabeça para baixo em busca de votos.

Quando abriram as urnas, a grande surpresa.

Assim como vários deputados que foram eleitos na época, surpreendendo por integrarem o MDB velho de guerra, estava Leite Chaves.

Mas qual o objetivo desta lembrança?

Sentir o ambiente da atualidade quando muitos consideram Alvaro Dias já reeleito, sem enfrentar ainda uma nova eleição para confirmar sua permanência em uma vaga onde está há uns vinte anos.

Por conta disso, quando soube que Marcelo Almeida, herdeiro de uma concessionária do pedágio apresentou-se antecipadamente como candidato a senador pelo PMDB, sonhando com uma chapa encabeçada por Requião, uma voz se levantou lá do fundo e gritou em alto e bom som: “Eu também sou candidato a senador”.

Foi o que bastou para tocar o rebu.

O aviso veio de um combatente contra o pedágio, o ex-deputado estadual e atual presidente do Fórum Nacional Contra o Pedágio, Acir Mezzadri, o conhecido “Zorro” como alguns ainda o identificam.

Briguento nas causas que abraça, onde arregaça as mangas e sai para o trabalho, Acir Mezzadri é mais um daqueles companheiros que Requião abandonou ao longo de sua caminhada de traições.

E aquilo que começou tímido vai ganhando fortalecimento porque representa o oposto de um candidato que dentro do PMDB defende o pedágio, e surpreendentemente ao lado do arrogante Requião, que sempre deu ênfase a mensagem do pedágio e acabou virando a piada ”Abaixa ou Acaba”.

Dizem que é apenas um balão de ensaio, como as candidaturas de Marcelo Almeida a senador e Rodrigo Rocha Loures a vice de Requião, mas a verdade é que o nome de Acir Mezzadri reforçou, também, a preocupação de Alvaro Dias, que antes se julgava tranquilamente reeleito e agora já tem vários nomes de concorrentes com os quais terá que se preocupar.

Além de Acir Mezzadri, outros nomes estão se antecipando na apresentação como candidato a candidato para o Senado em outubro vindouro, e não será surpresa se esta parada ficar mais indigesta do que parecia a princípio.

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