O Ministério Público Eleitoral (MPE) do Paraná emitiu parecer favorável à cassação dos diplomas do prefeito Rudisney Gimenes Filho, da vice-prefeita Patrícia Millo Marcomini e do vereador e ex-secretário Ezequiel Tavares Alves, todos do município de Pontal do Paraná. O órgão também pediu a declaração de inelegibilidade por oito anos e a aplicação de multas.
A decisão se baseia em um conjunto de ações que apontam abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024, envolvendo contratação irregular de mão de obra, aumento de terceirizações em ano eleitoral, excesso de gastos com publicidade institucional e, sobretudo, a realização de um churrasco com distribuição de canos de PVC a moradores do Balneário Olho d’Água, acompanhado de pedido explícito de votos.
LINHA DO TEMPO DO CASO
- Setembro/2024 – No dia 7, ocorre o evento no Balneário Olho d’Água, com churrasco gratuito e entrega de aproximadamente 35 barras de canos de PVC a cerca de 50 famílias. Segundo testemunhas, o prefeito Rudisney e o vereador Ezequiel participaram ativamente, pedindo votos.
- Outubro/2024 – A coligação adversária Pontal para Todos ingressa com Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) contra os envolvidos.
- Junho/2025 – A Justiça Eleitoral de Matinhos condena Rudisney, Patrícia e Ezequiel à cassação dos diplomas, multa e inelegibilidade por 8 anos. O juiz entende que houve compra de votos.
- Junho/2025 – A defesa dos condenados entra com recursos no TRE-PR, alegando ausência de provas e irregularidades na condução do processo.
- Setembro/2025 – O Ministério Público Eleitoral, por meio do procurador Henrique Gentil Oliveira, emite parecer pelo desprovimento dos recursos e pela manutenção integral da cassação.
O QUE ACONTECE AGORA?
O parecer do MP ainda será julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Caso o tribunal acompanhe a manifestação, Rudisney e Patrícia terão seus mandatos cassados e deverão deixar os cargos imediatamente após a publicação do acórdão.
Eles ainda poderão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Enquanto houver possibilidade de recurso com efeito suspensivo, poderão permanecer nos cargos até decisão final.

( FONTE https://gvpcomnews.com.br/mp-eleitoral-pede-cassacao-de-prefeito-de-pontal-do-parana-por-compra-de-votos/