O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu instalar a nova CPI da Petrobras na próxima quinta-feira, 26. O colegiado tem 27 integrantes, PT e PMDB, as maiores bancadas, ainda não indicaram seus representantes. A CPI analisará contratos firmados desde 2005, quando já atuava na Petrobras o ex-diretor Paulo Roberto Costa.
O PMDB vai indicar o presidente da comissão. A cadeira já foi oferecida a Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) que recusou. Caberá ao líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), indicar outro nome. O líder do PT, Sibá Machado (AC), tenta assegurar a relatoria da comissão. O cargo é indicado pelo presidente do colegiado, mas, internamente, Eduardo Cunha tem participado das negociações e defendido que a cadeira seja ocupada por um petista. Partidos como DEM, PSDB, PSB, PTB e SD já formalizaram seus representantes.
Serraglio na relatoria
da CPI da Petrobras
O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) foi indicado por líderes partidários para assumir a relatoria da CPI da Petrobras. A proposta inicial do PMDB, ficar com a presidência e a relatoria com o PT, encontra resistência nos partidos do blocão (PP, PTB, PRB, SD, PSC, PHS, PEN, PRB, PTN, PSDC e PRTB) e, especialmente, na bancada do PMDB. Os partidos defendem que a relatoria fique com um representante do bloco que elegeu Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência do legislativo.
Serraglio foi relator da CPI que investigou o escândalo do mensalão e produziu o relatório sugerindo o indiciamento do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), parlamentares, empresários, entre outros, por envolvimento em corrupção e resultou na condenação de mais de 20 deles. “Eu não me recusaria a prestar mais esse importante serviço ao Brasil”, disse o deputado.
