Este nômade arrogante, fluminense de nascimento e que começou sua carreira como auditor fiscal, desembarcou no Paraná om fama de mágico ou milagreiro, tratando de imediato de mostrar o estilo pontapé que sempre demonstrou para se fazer o dono do pedaço, e ao qual todos recorrem como como tábua d salvação.
Pilotando sempre a nau dos afogados, sem admitir palpites, e aceitando serviço somente quando recebe carta branca, este competente técnico financeiro que virou o “Secretário Bate e volta”, porque nunca fica em lugar algum por muito tempo, deixa sempre rastros de suspeitas que muitos não lembram ou não fazem questão de saber temendo sua possível vingança como dono da chave do cofre.
Mauro Ricardo que, na Bahia, ganhou o apelido de “Maurinho Malvadeza”, depois que virou a salvação encomendada dos tucanos ao então prefeito ACM Neto, chegou ao Paraná e de cara deixou um rastro de suspeita ao aceitar que “o primo”, que comprometeu a imagem do governador Beto Richa, pagasse as diárias de sua estadia em hotel da capital paranaense quando veio sondar o ambiente futuro.
Dali para a frente, superada a repercussão negativa da mancada inicial, aproveitou o ensejo de início do novo mandato do governador Beto Richa e entrou no clima de expectativa que o governador lançou anunciando que o melhor estava por vir.
Desde então, me debrucei na história desse cara que, internamente no governo paranaense é odiado por secretários e outros, assim como deputados e empresários, mas todos engolindo em seco e sem coragem de bater de frente com o dito cujo.
Ele se faz temer porque sua caneta está cheia graças ao poder recebido do governador Beto Richa, que lhe deu um cheque, em branco.para administrar como bem entender a conta do seu governo.
A fama que o antecedeu veio recheada por um discurso de qualidades e elogios que havia recebido de quem o patrocinou nas caminhadas pelo Brasil afora, deslumbrados com a cara dura do afilhado de José Serra.
Mais adiante vou falar a respeito desse cara cuja língua é o chicote da bunda, pois quando sente a mancada tenta aliviar o clima dizendo que não foi bem isso que queria dizer.
Relembro agora o primeiro momento em que coloquei um pé na frente e outro atrás em relação a Mauro Ricardo.
Importado e com um passaporte não bem conhecido dos paranaenses tomou conta do espaço de governo e passou a ditar ordens, entrando em franca rota de colisão com todos, isso mesmo, todos os secretários do governo Beto Richa que levaram a pecha de incompetentes, termo disfarçado pela palavra má gestão.
Ora, má gestão é administração pública incompetente para gerir os recursos públicos que, até aquela altura em que por aqui desembarcou Mauro Ricardo, pareciam sobre controle.
Deixando no ar com suas próprias palavras que “quebrar um governo é fácil, o difícil é arrumar”, Mauro Ricaro, a esta altura ”o salvador das finanças públicas paranaenses”, carimbou com a responsabilidade pela má gestão que quebrou o Estado, o próprio governador Beto Richa e, além dele, os Secretários da Fazenda que o antecederam, Luiz Carlos Hauly, Luiz Eduardo Sebastiani e Jozelia Nogueira, gente de nossa terra que recebeu o pontapé de um recém chegado e, por incrível que pareça, ninguém levantou uma palavra contra.
No seu primeiro recado ele já deu outro pontapé acusando que houve um erro de comunicação, deixando claro que quem comunicou o fez de forma deficiente não alertando que o Paraná estava falido.
Mentira!
Uma mentira grosseira deste Secretário Bate e Volta, porque não mora aqui, e que não ficou sabendo que a ex-Secretária Jozelia Nogueira, tão logo assumiu para segurar as pontas na área da Fazenda, onde Sebastiani havia aguentado o quanto lhe foi possível, havia feito um balanço da situação e antecipado o recado que o sabe tudo deixou no ar como se somente ele fosse capaz de ensinar a Biblia até para Deus.
Além do mais, o Tribunal de Contas na avaliação de seus técnicos já havia feito um alerta sobre a difícil situação financeira do Paraná, a exemplo do que já estava ocorrendo com outras unidades do país.
Logo, não foi o “mágico”quem inventou a roda e colocou-a para rodar empurrando goela abaixo dos paranaenses toda a sua sabedoria.
No estilo Soros e Almino Fraga, mestres com os quais trabalhou, e dos quais aprendeu a lição de dar o pontapé para criar a impressão de Salvador da Pátria, Mauro Ricardo tomou conta do pedaço.
Sobre ele só contavam seus feitos memoráveis em São Paulo, Minas Gerais, Brasilia e Salvador, dentre outros, até desembarcar no Paraná sendo recepcionado por Luiz Abi Antoun, sobre o qual nem é preciso mais relembrar.
Quanto ao apelido de “Carrasco do Pelourinho”, que lhe deram os baianos por um comentário racista e preconceituoso, que dado a péssima repercussão levou-o para o inferno das críticas que vieram de A a Z por parte dos baianos e dos afrodescendentes de todo o país.
Foi apenas mais uma mancada.
Das muitas que já deu e que não eram bem conhecidas.
Nessa, tentou dar o recado aos contribuintes municipais da capital baiana dizendo que aqueles que estavam em débito deveriam ser colocados no pelourinho.
Certamente se imaginou tão poderoso que, mais um pouco, e tomaria uma chibata nas mãos jogando no lombo dos devedores.
ACM que o havia contratado saiu em seu socorro e aliviou a barra, evitando que a imprensa local continuasse explorando a mancada que foi um verdadeiro absurdo.
Como se vê, além das dúvidas quanto a competência do dito cujo, já que até o Nota Paraná foi uma cópia do que lançou com o Nota Salvador, fico com a pulga atrás da orelha porque o rastro deixado pelo mesmo no Amazonas, em São Paulo e em Minas Gerais, sendo condenado federal em alguns casos, com suspeitas de alguns milhões em processos de improbidade administrativa, lembro ainda que além da mancada do pelourinho teve outra, quando atuou em São Paulo e onde sugeriu que a dona daquela empresa chique paulista, Daslú, Eliana Tranchesi, condenada por sonegação, “deveria ser crucificada”.
O mal-estar causado por sua declaração junto ao empresariado paulista nunca foi esquecido.
Por conta disso, é bom os paranaenses ficarem atentos para não serem levados de surpresa ao pelourinho ou crucificados.