Calma, gente:A oposição ao governo do Paraná tomou várias brancas e promoveu linguiçadas
com bumbos, trombones e foguetório para comemorar a decisão do STJ de
aceitar pedido de investigação do governador Beto Richa. Não é para tanto.
O STJ autorizou investigações de vários outros governadores. A providência
tornou-se comum e corriqueira nesta época que subordinou a política às
polícias especiais, ministério público, judiciário e à mídia escandalosa.
Nada que mereça comemorações antecipadas, a não ser a exploração política e
eleitoreira.
Para clarear, quem determinou a investigação e prisão de suspeitos foi o
próprio governador, através da Polícia Civil. Só depois dessa iniciativa o
inquérito seguiu para o Ministério Público. É bom que todos saibam que
qualquer tramite de aditamentos concedidos para a realização de obras,
passa por 12 instâncias de controle e fiscalização antes de chegar ao
governador para sua autorização. No caso dos aditamentos para obras em
escolas feitas pela empresa Valor, o processo passou pelas seguintes
instâncias: 1) SUDE – fiscalização de obras. 2) Engenheiro responsável.
3)diretor de obras. 4) Superintendente. 5) Assessoria Jurídica. 6)
Secretaria de Educação: assessoria jurídica. 7) diretoria geral.
8)secretário. 9)Casa Civil – procuradoria. 10) diretoria geral. 11)
secretário. 12) Conselho de Gestão, Administração e Fiscalização. Só então
o processo, destrinchado em todos esses órgãos, chega ao governador.
Será um longo processo para levantar em que instâncias deram-se os desvios.
O Ministério Público já identificou alguns, entre eles o diretor de obras
da SUDE, Maurício Fanini, que foi preso e agora está solto por ordem
judicial; e o Superintendente, Jayme Suniê, que assinou os pedidos de
aditamenteo e estranhamente foi deixado fora das investigações.
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