PMDB já avalia sequelas da eleição no partido

requião-michel-temer

Antes mesmo do fim do segundo turno, caciques do PMDB já reconhecem que essa eleição deixará sequelas para o partido. Nessa eleição, o partido ficou rachado nos estados. E os resultados preliminares mostram que os apoiadores de Dilma dentro do partido enfrentam dificuldades.

No Rio Grande do Norte, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, tem uma eleição difícil ao governo estadual com a oposição do PT.

No Ceará, a situação é ainda mais dramática: o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, enfrenta um petista neste segundo turno.

No Amazonas, mesmo com o apoio do ex-presidente Lula, o líder do governo, senador Eduardo Braga, enfrenta um cenário adverso.

Em Rondônia, o governador Confúcio Moura, do PMDB do senador Valdir Raupp, corre o risco de não conseguir a reeleição.

No Paraná, Roberto Requião não foi para o segundo turno.

O próprio vice-presidente Michel Temer enfrentou problemas em São Paulo, com a rebeldia de seu candidato ao governo estadual, Paulo Skaf, que se recusou dar palanque para Dilma no primeiro turno.

Entre os apoiadores de Dilma, teve sucesso no primeiro turno o governador eleito Renan Filho (PMDB-AL) e disputa com chance o segundo turno o governador Pezão (PMDB-RJ) e o ex-prefeito Helder Barbalho (PMDB-PA).

Mesmo assim, no Rio de Janeiro, o PMDB ficou dividido e uma ala do partido apoia explicitamente Aécio Neves.

No Espírito Santo, o PMDB de Paulo Hartung saiu vitorioso, dividindo o palanque com o tucano. E no Rio Grande do Sul, Ivo Sartori fechou aliança com Aécio neste segundo turno.

Uma coisa é certa: no PMDB, todos reconhecem que essa divisão no partido terá reflexos para eleição das presidências da Câmara e do Senado, em 2015, num momento em que o Congresso Nacional deve enfrentar uma grave crise política com os desdobramentos da Operação Lavo Jato.por Gerson Camarotti.

Compartilhe