“Ei, Dilma vai cuidar do SUS”, foi o protesto
em frente da Baixada
Pouco antes da chegada da presidente Dilma Rousseff para a inauguração da Arena da Baixada, um grupo de 50 manifestantes se posicionou na entrada do estádio com cartazes e apitaço. Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR) e do Movimento Mulheres em Luta (MML), eles protestaram contra os altos investimentos em obras ligadas à Copa do Mundo e a falta de diálogo com o governo. As informações são da Gazeta do Povo.
A Polícia Militar (PM) fez um bloqueio na Rua Buenos Aires, ainda no entorno da Arena, para evitar que os manifestantes se aproximassem de onde a presidente iria passar. Eles gritavam “Ei, Dilma, vai cuidar do SUS”. Ao fim da inspeção, por volta das 18h, Dilma saiu do estádio pela mesma rua onde acontecia o protesto, mas ninguém pode se aproximar por causa da ação dos policiais.
“Estamos 50 dias em greve. Estamos protestando porque a presidente não recebeu ainda os trabalhadores das universidades federais. Somos o pior salário do serviço público federal”, disse a presidente do sindicato, Carla Cobalchini. Segundo ela, os servidores também estavam protestando contra a Copa do Mundo no Brasil. “A cidade de Curitiba vive um caos diário, no trânsito, com índices de criminalidade alto, trabalhadores sem moradia”, comenta.
Carla conta que o piso salários desses servidores é de um salário mínimo e meio. A principal reivindicação da categoria é um aumento desse piso para três salários mínimos. Ela conta que a greve atinge o país inteiro com 90% de adesão.
“Menos Copa, mais saúde”, “Dilma, respeite a educação. Negocie com os trabalhadores do Sinditest” e “Chega de dinheiro pra Copa”, diziam os cartazes do pessoal do Sinditest. O MPL pediu mais recursos para o combate à violência contra as mulheres.
A previsão era de que a presidente chegasse à Arena por volta das 16h30, mas atrasou. Ela antes participou de evento no Cietep, no Jardim Botânico, para formalizar investimentos federais no metrô e em outras obras de mobilidade, que começou com uma hora de atraso.