PSD: tesoureiro pediu desfiliação e partido fica aliviado

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PSD ALIVIADO E MUDO
Antes que a executiva estadual do PSD definisse ontem (23) que providência tomar em relação a Edenilso Rossi, tesoureiro e pré-candidato a deputado federal pelo partido, ele próprio enviou de manhã o pedido de desfiliação, aceito de imediato pela cúpula. Rossi estava preso provisoriamente de quarta-feira, 18, com outras cinco pessoas em função de uma operação do Gaeco (vinculado ao Ministério Público Estadual). Ele os demais são acusadas de envolvimento na fraude da licitação para construção de um anexo ao prédio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR). Na mesma reunião da executiva do PSD ontem, foi indicado o ex-secretário de Estado de Esporte, Evandro Rogério Roman, para assumir a tesouraria do partido. Edenilso Rossi, proprietário da Sial Engenharia, foi preso na sede da empresa, no momento em que teria entregado R$ 200 mil ao coordenador-geral do TCE, Luiz Bernardo Dias Costa. O dinheiro seria o pagamento de propina para que Costa fraudasse, em favor da Sial, a licitação da obra. A direção do PSD até agora não se manifestou em relação ao caso, emitindo apenas a nota oficial sobre o desligamento do empresário do partido. Dias Costa foi solto após pagar fiança de R$ 18 mil e concordar em se afastar temporariamente de suas funções no tribunal. Rossi e os demais suspeitos de participação no esquema de fraude da licitação pública, foram liberados ontem. Estavam na Penitenciária Estadual de Piraquara, na Grande Curitiba.
PARA ENTENDER
Vencedora da licitação, a Sial iria executar a obra do anexo a sede do TCE, em Curitiba pelo valor de R$ 36,4 milhões. A empresa sequer teria oferecido o menor preço, segundo apurou o Gaeco. A direção do tribunal suspendeu a licitação até que sejam apuradas as denúncias. Segundo o TCE, as obras não haviam sido iniciadas e que, portanto, nenhum recurso público havia sido repassado à construtora.

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