SEM PARCERIA:André Vargas arrola Nedson como testemunha de defesa

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O ex-deputado André Vargas (ex-PT) arrolou como testemunha de defesa o ex-prefeito de Londrina Nedson Luiz Micheleti (PT), assessor da Caixa Econômica Federal. Vargas é réu em ação penal da Operação Lava Jato que apura crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa. O Ministério Público Federal aponta que Vargas utilizou duas empresas de fachadas, que estavam em seu nome e nos nomes de seus irmãos, para receber dinheiro desviado de contratos da agência Borgui/Lowe justamente com a Caixa e com o Ministério da Saúde. Estes valores, segundo o MPF, chegam a princípio a R$ 1,1 milhão. As informações são da Folha de Londrina.

Vargas também arrolou como testemunha de defesa Clauir Luiz Santos, ex-diretor de marketing da Caixa. Conforme investigadores da Lava Jato, Clauir teria sido indicado ao cargo pelo ex-deputado petista. “Há notícias de que André Vargas teria atuado para indicar o diretor de marketing da CEF, Clauir dos Santos”, apontaram os procuradores do MPF no parecer sobre o pedido de prisão do ex-deputado.

Vargas ainda convocou como testemunha de defesa o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso. Os advogados de Vargas não justificaram a convocação, mas como é de praxe, o juiz Sérgio Moro, que está à frente dos processos da Lava Jato, deve solicitar aos defensores que justifiquem tal convocação por se tratar de autoridade federal. Também foram chamados como testemunhas: Alaim Giovani Fortes Stefanello, gerente-jurídico regional da CEF; Ricardo Hiroshi Ishida, delegado da PF; Sérgio Ramalho Resende, perito criminal da PF; e Sérgio de Arruda Costa Macedo, delegado da PF.

O rol de testemunhas consta da defesa prévia apresentada à 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Assim como a maioria dos réus da Lava Jato, a defesa de Vargas ainda questiona a competência do juiz Sérgio Moro para julgar o processo, pede a anulação das interceptações telemáticas e do compartilhamento ilegal de informações sigilosas entre a Receita Federal e o MPF. Moro já designou as audiências das testemunhas de acusação do processo que envolve Vargas e, posteriormente as testemunhas de defesa serão ouvidas. O primeiro a ser ouvido, já no próximo dia 24, como testemunha de acusação do MPF é o doleiro Alberto Youssef.

ARGÔLO E CÔRREA
Os outros ex-parlamentares que já são réus da Justiça Federal do Paraná também apresentaram suas testemunhas de defesa. Luiz Argôlo (SD-BA) convocou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; além do ex-deputado e presidente nacional do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o “Paulinho da Força”; entre outros outros.

Já Pedro Corrêa (PP-PE), arrolou como testemunhas de defesa alguns ex-companheiros de Câmara dos Deputados. Entre eles estão o paranaense Nelson Meurer (PP) que já foi citado diversas vezes nas investigações da Lava Jato, inclusive por pelo menos três delatores (Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e Rafael Ângulo Lopez); Guilherme Mussi Ferreira (PP-SP); José Otavio Germano (PP-RS); Waldir Maranhão Cardoso (PP-MA) e o ex-parlamentar José Cleonâncio da Fonseca (PP-SE).

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