*Ucho Haddad–Destempero de aluguel –* Após conseguir empregar o irmão
desempregado, Maurício Requião, como conselheiro da Itaipu (R$ 26 mil
mensais, com obrigação de comparecer a uma reunião por mês) e emplacar
aliados em “bocas ricas” no governo federal, o senador Roberto
Requião(PMDB-PR) não perde oportunidade de demonstrar o quanto está grato à
“presidenta” Dilma Rousseff.
Entre suas vexatórias demonstrações de gratidão está um ataque, no Senado
Federal, ao juiz Sérgio Fernando Moro, que na opinião do peemedebista
estaria “cometendo excessos e atropelando regras e garantias do Direito”,
para enquadrar os petroleiros. Segundo a peculiar visão do senador, o que
está sendo feito na Operação Lava-Jato, que já desvendou roubos bilionários
nas estatais e recuperou para o erário quantias na casa do bilhão, não
passaria de atropelos jurídicos para “agradar a opinião pública”.
Em um paralelo absurdo e despropositado, Requião condenou as prisões de
empreiteiros e ex-deputados pelo roubo na Petrobras, alegando que “se a
prática se torna comum, logo estarão prendendo prefeitos por diferenças de
R$ 10,00 nas contas do município”.
O ataque de Roberto Requião contra Sérgio Moro não foi um rompante isolado
– ou um surto daqueles que marcam a atuação destemperada, beirando o
insano, e são a marca registrada do senador, conhecido no Paraná como
“Maria Louca”. A atuação contra Moro e a Lava-Jato é sistemática e começou
depois da nomeação do irmão para ao cargo dourado na binacional Itaipu.
A revista Frizz, de Apucarana, traz, na edição de outubro, matéria Marcelo
Galli, do Consultor Jurídico, em que o senador Roberto Requião (PMDB-PR)
faz duras críticas à Operação Lava-Jato e ao juiz Sérgio Moro. Na matéria
“Lava Jato atropela regras e garantias do Direito, afirma Requião”, o
senador, apesar de dizer que defende a operação que desmontou o Petrolão,
não vê com simpatia “atropelos” das regras e garantias do direito para
atingir resultado agradável à opinião pública.
“O recurso pode parecer interessante no momento em que a opinião pública do
país está a favor da punição dos envolvidos, mas acaba se consolidando como
jurisprudência e coloca em risco as regras garantistas do direito
brasileiro”, disse.
Requião respaldou os argumentos de advogados que acusam o juiz Sergio Moro
de agir como adversário da defesa dos clientes na condução dos processos.
Os advogados acusam ainda Moro de fazer pré-julgamentos e ser parcial
durante as audiências, comportamento que não seria adequado para um
magistrado.