O ex-deputado Angelo Vanhoni (PT) jogou a toalha e diz que não há mais
volta para o seu partido. Nessa semana, num almoço em restaurante de
Curitiba, Vanhoni dizia numa mesa rodeado de amigos que está tudo pronto
para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que o vice Michel
Temer (PMDB) vai assumir a presidência e que até o presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) tem feito um bom trabalho ao criar as
condições para o afastamento da petista.
Os chegados na mesa estranharam as ponderações de Vanhoni, mas outros
petistas nativos chegam a lhe dar razão. No sábado passado, Vanhoni
assistiu a expulsão de três petistas que lhe apoiaram na última eleição a
deputado porque ele dobrara com o deputado estadual Nelson Justus (DEM) no
litoral.
Na reunião do diretório, Vanhoni tentou argumentar que nesse caso, deveria
ser também expulso. Da mesa executiva teve que ouvir um desaforo. “Vanhoni,
não há ainda nenhum processo de expulsão contra você”.
A irritação de Vanhoni contra o PT é mais do que clara. O petista espera há
tempos ser indicado a importante cargo, como representante do Brasil, na
Unesco – o braço da ONU que cuida da educação.