Youssef depõe contra Vargas em ação penal

prc-youssef

O doleiro Alberto Youssef será a primeira testemunha de acusação do MPF a
ser ouvida no processo que envolve o ex-deputado André Vargas (ex-PT) nesta
quarta-feira, 24. No processo na Justiça Federal, a força-tarefa do MPF
aponta que a agência Borghi Lowe, que administra contas publicitárias da
Caixa Econômica Federal e Ministério da Saúde, repassava recursos para as
contas das empresas Limiar e LSI, de propriedade de Vargas. As informações
são da Folha de Londrina.

Além do ex-deputado, também são réus no processo o publicitário Ricardo
Hoffmann, que negocia acordo de delação com o MPF, e Leon Ilário Vargas,
irmão do ex-parlamentar. Na ação, Vargas é acusado de cometer os crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A relação entre os londrinenses Vargas e Youssef veio à tona desde o começo
das investigações da Operação Lava Jato, no ano passado, quando o então
parlamentar utilizou um jatinho alugado pelo doleiro para passar férias com
sua família no Nordeste. Seu envolvimento com o doleiro levou Vargas a ter
o mandato cassado em dezembro do ano passado e também ser expulso do PT.

As audiências dos processos envolvendo ex-parlamentares começaram ontem,
com os depoimentos das testemunhas de acusação das ações penais em que Luiz
Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (desfiliado do PP-PE) são réus. Foram ouvidos
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras; Meire Bonfim
Poza, ex-contadora de Youssef; Ediel Viana da Silva, “braço-direito” do
doleiro Carlos Habib Chater; Leonardo Meirelles, “testa de ferro” de
Youssef; e Carlos Alberto Costa, “laranja” do doleiro londrinense. Argôlo e
Corrêa são acusados dos crimes de organização criminosa, corrupção e
lavagem de dinheiro.

Na saída da audiência, o advogado de Costa, João Mestieri, informou que seu
cliente apenas reforçou todas as acusações já feitas anteriormente nas
investigações. “Ele apenas afirmou que disponibilizava recursos e isso era
então entregue aos partidos”, ressaltou.

Para o advogado de Corrêa, Alexandre Loper, a audiência foi produtiva. Ele
ressaltou que as declarações de Costa não incriminam seu cliente. “Ele
afirmou que nunca viu Pedro Corrêa receber valores e que não tinha
conhecimento de como era feita a distribuição das porcentagens. Só
confirmou que repassou o dinheiro para Alberto Youssef”, afirmou.

Compartilhe

plugins premium WordPress