Plauto quer esclarecimentos sobre transação envolvendo fundos de pensão dos Correios e a Venezuela

BBZ-1a-secretaria-02 de março de 2015-15-45-34

A possibilidade de utilização de recursos financeiros dos fundos de pensão dos Correios em títulos da Venezuela motivou um pedido de expediente do deputado Plauto Miró (DEM). O parlamentar solicita ao presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, e ao diretor-presidente do Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos – Postalis, Antônio Carlos Conquista, esclarecimentos sobre as informações divulgadas pela colunista Eliane Cantanhêde, do jornal Estado de S. Paulo, em edição do dia 25 de março, sob o título “Bondade com o dinheiro alheiro”, que trata das transações financeiras entre a estatal, os governos brasileiro e venezuelano e que podem atingir diretamente os funcionários paranaenses dos Correios.

“Queremos esclarecimentos sobre este relacionamento com a Venezuela e os fundos de pensão dos Correios. Há no Paraná um grande número de servidores ativos e inativos. Quais seriam as razões para que a utilização de recursos nacionais em outro país? Queremos saber se realmente está havendo esta cortesia com o chapéu alheio, como intitulou a colunista”, afirmou Plauto.

Segundo o parlamentar, existe especial preocupação com os ativos, inativos e pensionistas dos Correios que desconhecem a real situação e a natureza desta utilização dos fundos para patrocinar investimentos em outro país. Plauto ressalta que somente no Paraná há um grande número de beneficiários do fundo e a insegurança acerca da integridade dos recursos gera temeridade para os funcionários. “Além da preocupação com os servidores parece que esta situação joga fora o dinheiro dos brasileiros para financiar a política boliviriana”.

Questionamentos – Entre as indagações, o deputado pretende esclarecer quais os fins destinados na transferência destes recursos, se houve análise de risco e estudo do impacto econômico/financeiro para a Postalis, se tal transação afeta as aposentadorias futuras, além da existência ou não de cobertura destes fundos e quais as contrapartidas para o direcionamento dos recursos para o governo venezuelano.

Plauto ressalta ainda que embora os Correios estejam sob a competência da União, os esclarecimentos dizem respeito a todos os brasileiros e que a fiscalização é uma das prerrogativas do Poder Legislativo e cabe ao administrador público garantir a transparência dos seus atos e a devida explicação sobre o assunto, quando indagado por qualquer cidadão.

“Todos nós sabemos que qualquer malversação de recursos ou prejuízo envolvendo o fundo de pensão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos afeta diretamente a aposentadoria de centenas e centenas de paranaenses, que prestam relevantes serviços para esta empresa e que estão ávidos por esclarecimentos”, avalia o parlamentar.

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