PT quer desqualificar Sergio Moro

sergio-moro-campanha

A operação petista para abafar o escândalo do Petrolão e sua repercussão perante o governo Dilma e a base aliada no Congresso Nacional já entrou na sua segunda fase. Depois de se considerarem vitoriosos na invasão a Assembleia Legislativa, agora partem para a desqualificação pura e simples do juiz federal Sergio Moro, o paranaense que coordena a Operação Lava-Jato, mandou prender mais de 40 empreiteiros, doleiros e ex-diretores da Petrobras, já condenou alguns e outros ainda estão para fazer a delação premiada, entregando mais políticos ligados ao petismo.

A desqualificação corre solta nas redes sociais, principalmente no Facebook e Twitter, patrocinada pela ‘militância’ e por lideranças petistas. “Primo de Sergio Moro financiou campanha do tucano Beto Richa”, “Sergio Moro é casado com advogada do PSB”, “juiz e deputado do PSDB em conluio”, “mulher de Moro trabalha para o PSDB”, “Sergio Moro afronta decisão de Teori Zavascki”.

Todas as postagens foram reproduzidas por sites, portais e blogs patrocinados pelo governo federal. O ex-deputado Dr; Rosinha (PT-PR) é quem mais tuíta e retuíta os ataques a Moro que além do Paraná, são postados desde Brasília, Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo e outros estados.

Veja uma das matérias utilizados pelo grupo

Bomba: Primo de Moro financiou Beto Richa (PSDB) ao governo do Paraná

Já não bastasse Rosângela Wolff de Quadros Moro, esposa do juiz Sérgio Fernando Moro, responsável pela Operação Lava Jato, ser assessora do vice de Beto Richa (PSDB), agora é a vez do primo do Juiz ter financiado a campanha eleitoral de Beto Richa (PSDB) para governo do estado do Paraná. Cesar Moro Tozetto é proprietário da maior rede de Supermercados do Paraná, à Tozetto Supermercados. Moro também é Presidente da Associação Paranaense de Supermercados.César Moro é primo de primeiro grau do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, responsável pela Operação Lava Jato.

Segundo levantamento da equipe de reportagem do i9, Moro e o atual Secretário Francischini, conhecido como “Robin” do filme Batman começou a se formar após a Operação Fênix, lançada em 2007, o juiz decretou a prisão de 11 pessoas ligadas ao traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Entre os presos estavam parentes de Beira-Mar e advogados suspeitos de fazer papel de pombos-correio. No processo, Beira-Mar era acusado de controlar o narcotráfico em morros do Rio a partir do presídio de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Na época da operação era Francischini o delegado da PF à frente das investigações contra Beira-Mar.

Francischini do PSDB é conhecido no Paraná, como “Rei dos Vazamentos”. Com foco apenas em adversários políticos; rotina dos vazamentos era organizada, com sincronização entre Veja, Folha e Globo. Suspeita-se, entre os responsáveis pela Operação Lava Jato, que Francischini, ex-delegado da PF, seja o principal responsável pelo “vazoduto” que tem instrumentalizado as manchetes de jornais, capas de revistas e longas reportagens nas TVs, que visam desgastar o governo Dilma, a Petrobras e o PT. Isso porque, logo após as prisões da Operação Lava Jato, Francischini recebeu por sete horas advogados dos doleiros presos, que lhe pediram apoio e lhe entregaram todo o inquérito, até então desconhecido da imprensa. São quase 5 mil paginas em papel e outras 9 mil paginas digitalizadas.

Experiente no trato dessas informações, Francischini teria fatiado o inquérito, selecionando os “capítulos” mais importantes e distribuindo o material a veículos como Veja, Folha, jornal O Globo e TV Globo. O primeiro alvo foi o deputado André Vargas (PT-PR), que passou a balançar depois que um pedido de um jato emprestado ao doleiro Alberto Yousseff veio à tona. Francischini teria até montado uma lógica de distribuição de informações. Veja recebia o trecho do inquérito na quinta-feira, com o compromisso de não publicar na sua edição online. Folha e a TV Globo recebiam as informações na sexta-feira. Era a garantia de que todo os temas selecionados por ele renderiam também no fim de semana.

Coordenação

Foi assim que, Veja e Folha saíram com a tabela de Paulo Roberto Costa sobre “soluções” de empreiteiras para operações de compras da Petrobras. Ou as insinuações em todos os jornais de que haveria indícios de relação de Alberto Yousseff com o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, e a senadora Gleisi Hoffmann, ambos adversários de Francischini no Paraná.

Foi também assim, através do “vazoduto” montado por Francischini que, ontem, minutos depois de a Justiça ter quebrado o sigilo do processo, as edições online de Veja, Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo vieram com as insinuações de envolvimento do ex-ministro Alexandre Padilha com o doleiro. Todos juntos, em menos de 30 minutos, conseguiram localizar a citação a Padilha no inquérito – o que demonstra a organização dos vazamentos.

Ligação de Moro com o PSDB é antiga, acompanhe:

Nascido em Maringá, no norte do Paraná, Moro é um dos maiores “especialistas” do país na área de lavagem de dinheiro. Formado em direito pela Universidade Estadual de Maringá, seu primeiro serviço foi o escritório do Dr Irivaldo Joaquim de Souza, o maior Tributarista de Maringá. Dr Irivaldo foi advogado de Jairo Gianoto entre os anos de 1997 a 2000, ex-prefeito de Maringá pelo PSDB, condenado por gestão fraudulenta.

O Tribunal de Justiça do Paraná condenou o ex-prefeito de Maringá em 2010 a devolver cerca de R$ 500 milhões aos cofres públicos. Segundo informação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Maringá foram condenados por improbidade administrativa o ex-prefeito Jairo Morais Gianoto, o ex-secretário da Fazenda Luis Antônio Paolicchi, e dois ex-servidores municipais: Jorge Aparecido Sossai, então contador, e Rosimeire Castelhano Barbosa, ex-tesoureira, entre outros réus.

República do Paraná: Moro trabalhou para advogado do PSDB, que ajudou a desviar R$ 500 Mi da prefeitura de Maringá Documentos da CPI da Petrobras revelam envolvimento de tio da mulher de Moro.

Compartilhe